Axé axé!
Equipe (In)Temporal
Entrevista com Tânia Abreu
O tempo freudiano – Di Ciaccia
Decididamente, em nossa Escola, nos ligamos aos pontos da teoria analítica sobre os quais Freud declarou seus limites: da questão da feminilidade aos impasses próprios do final da análise via tempo. A questão “O que quer a mulher” é contemporânea da declaração de Freud de “nunca ter conseguido penetrar perfeitamente em apenas um caso” nessa primeira ligação de uma filha com sua mãe, que é para Freud a fonte mesma das características específicas da feminilidade. Seis meses mais tarde, Freud encontra um outro ponto diante do qual ele se rende: este ponto tem a ver com o tempo. Na lição XXXI das Novas Conferências… sobre a desconstrução da personalidade, quando ele apresenta o inconsciente – como ele diz – sob sua nova designação, o Isso, ele conclui pelo enigma da permanência inalterável do recalcado da parte do tempo, com uma queixa: “infelizmente, sobre esse ponto, eu tampouco, não consegui ir mais além”. Onde foi mesmo que Freud se deteve?