Axé axé!
Nos dias 25 e 26 de Outubro estaremos realizando a nossa 24º Jornada da EBP – Seção Bahia com o tema “Tempo de Interpretar”. Para aquecer a discussão, o (In)temporal compartilha hoje o texto “Como conceber a transferência na clínica do Um que dialoga sozinho?”, de Simone Souto. Ela faz um percurso nos diferentes ensinos de Lacan sobre a transferência e o inconsciente, apontando uma nova perspectiva na interpretação, localizada no registo do Um-sozinho, onde ganha um valor de intrusão, com efeito de furo.
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(In)temporal também compartilha entrevista em vídeo preciosa do convidado da Jornada, Miquel Bassols, que nos introduz o tema da interpretação, associando-a à clínica atual e ao que há de atual em seu manejo.
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Visite nosso site! As inscrições já estão abertas: http://www.ebpbahia.com.br/jornadas/2019/
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Convidado
Miquel Bassols
Psicanalista de Barcelona AME da AMP/ELP
Como conceber a transferência na clínica do Um que dialoga sozinho?
Simone Souto – Psicanalista, AME – Membro da Escola Brasileira de Psicanálise (EBP) e da Associação Mundial de Psicanálise (AMP)
“A psicanálise muda, isso não é um desejo, mas um fato”. Esta frase de Miller (2014/2016, p. 20), extraída dos dizeres de Lacan em seu último ensino, situa de maneira precisa qual é nossa perspectiva ao relacionarmos o inconsciente, o mestre contemporâneo e a transferência no título da XXII Jornada da EBP-MG. Trata-se de um esforço de elaboração conceitual que visa permanecer o mais próximo possível da experiência, ou seja, daquilo que de fato fazemos em nossa prática analítica hoje. Essa aproximação entre prática e teoria nos conduz inevitavelmente a um questionamento a respeito da concepção que fazemos da transferência, pois, como lembra-nos Lacan (1964/1985, p. 120) no Seminário 11 se, por um lado, “este conceito dirige o modo de tratar os pacientes, por outro, inversamente, o modo de tratá-los comanda o conceito”. Portanto, podemos dizer que se a psicanálise muda, essa mudança acontece na dialética entre teoria e prática.