Associada IPB “Eu digo, os meus desenhos, eu faço no meu Notebook. Sei desenhar no Paint, Adobe Photoshop, Ilustrator e Flash. Quando eu era criança, eu conheci o Walt Disney que é artista, através dos filmes, ele sabia fazer os filmes e animações, mas eu não sei fazer os filmes ainda, só os livros, como “Laydo em Hora de Dormir”, sou um bom artista. Meu Pai me levou a escola para aprender a desenhar melhor e fazer filmes. Porque eu gosto tanto de desenhar? Porque eu me...
Membro do Espaço Moebius,Doutora em Psicologia Clínica USP, Diretora clínica do Instituto Viva Infância 1) CRONICID@DES: Uma nova lei (2017) está surgindo: a lei 13.438, que determina o seguinte: “É obrigatória a aplicação a todas as crianças, nos seus primeiros dezoito meses de vida, de protocolo ou outro instrumento construído com a finalidade de facilitar a detecção, em consulta pediátrica de acompanhamento da criança, de risco para o seu desenvolvimento psíquico"....
Associada do IPB Mais uma escrita precisa e preciosa de Maleval sobre aspectos cruciais, polêmicos e atuais sobre o autismo. A meu ver, leitura obrigatória para quem quer se iniciar ou se aprofundar no assunto. Maleval inicia o livro com uma pesquisa vasta e rica sobre o conceito do autismo, da medicina à psicanálise. Visita os autores mais significativos de ambas as áreas que ajudaram a construir esse conceito e esse diagnóstico. Chega às pesquisas atuais genéticas e dialoga com...
Membro EBP/AMP Rosine e Robert Lefort partem do princípio de que a fonte do discurso psicanalítico se encontra na articulação fundamental entre o dia a dia das sessões e a lógica, pois a pura descrição clinica, por mais rica que fosse, correria o risco de se obturar em uma descrição fenomenológica, psicológica e mesmo tautológica. Eles sempre se dispuseram a responder rigorosamente por esta articulação na transmissão da psicanálise lacaniana com crianças e no trabalho de...
Membro EBP/AMP O objetivo central deste trabalho é tomarmos o autista como um sujeito e não como um deficiente, o que quer dizer que eles têm o que dizer e precisam ser escutados. Destinar espaços, nas instituições ou na clínica privada, onde possamos discutir a prática clínica com crianças autistas ou psicóticas é fundamental para orientarmos nossas intervenções pela teoria, evitando desse modo recobrir a Real que ali comparece sobremaneira, com leituras imaginarizadas. E,...
A Revista da Eurofederação de Psicanálise (EFP) Mental, de número 35, reúne trabalhos de diversos autores sobre o tema dos “Signos discretos nas psicoses ordinárias”. A edição, dirigida por Jean-Daniel Matet e editada Clotilde Leguil, traz importantes contribuições de psicanalistas do campo freudiano sobre a fineza clínica necessária para acompanhar os desenvolvimentos do ultimíssimo ensino de Lacan, em que o Nome-do-Pai é colocado como um semblante, e o diagnóstico...
Caros leitores, É com satisfação que entregamos a vocês o quarto Boletim Cronicidades. Neste número, sob a rubrica Entrem Tantos, Bernardino Horne nos apresenta as implicações do último ensino de Lacan ao destacar o momento da encarnação - quando um significante, para existir, deixa de ser - inaugurando a foraclusão generalizada e colocando o delírio como crônico (para todo falasser), fundante de uma crônica. Luiz Mena nos traz uma bela resenha do texto "A loucura nossa de cada...
No instante do Acontecimento de corpo que Lacan (2003) nomeia Sinthoma, o corpo biológico toma vida humana: há gozo. Esse ponto singular de cada um, que Miller (2009) nomeia “encarnação”, é o instante no qual o significante Uniano se incorpora a esse corpo biológico vivo: muta em gozo. Lacan (2012) abre o capítulo do Uniano e afirma que o que está em jogo é “O que só existe ao não ser”. Essa existência de um significante que não é dá lugar a um acontecimento que...
Lacan começa seu trabalho clínico pela prática institucional com a psicose, no Hospital Saint-Anne, e faz da investigação da psicose o fio condutor de seu ensino, considerando a psicose como reveladora da própria estrutura, possibilitando um saber sobre a relação do humano com a linguagem que estaria velado na neurose. Essa aproximação entre psicose e neurose já se encontra em Freud, como lembra Brodsky. No artigo “A perda da realidade na neurose e na psicose”, Freud explica...
Qual seria a loucura de Ariano Suassuna? Tem a loucura mansa e a loucura varrida, todo mundo sabe disso. Mas, e a de Ariano? Se fosse vivo, bem que valeria perguntar qual seria a sua. Inspirou e dirigiu o Movimento Armorial que ganhou a cena cultural, com a proposta de uma arte brasileira erudita a partir das raízes populares do Nordeste. Dessa forma, tratou dos temas humanos mais universais, com a leveza e a simplicidade da comunicação que lhe eram próprias, ao alcance de todos e de...