Caros leitores,
É com satisfação que entregamos a vocês o quarto Boletim Cronicidades. Neste número, sob a rubrica Entrem Tantos, Bernardino Horne nos apresenta as implicações do último ensino de Lacan ao destacar o momento da encarnação – quando um significante, para existir, deixa de ser – inaugurando a foraclusão generalizada e colocando o delírio como crônico (para todo falasser), fundante de uma crônica. Luiz Mena nos traz uma bela resenha do texto “A loucura nossa de cada dia” (de autoria de nossa convidada para a jornada, Graciela Brodsky), e parte do mesmo ponto de Bernardino – da tensão entre o que “não existe” e o que “ex-siste” – para acompanhar os oito pontos que nos permitem ver “o que o psicótico ensina à psicanálise”. Rogério Barros resenha a Revista Mental de número 35 (Revista da Eurofederação de Psicanálise – EFP), destacando a retomada da formulação sobre as psicoses ordinárias e convocando nossa atenção à sutil invenção implicada, caso-a-caso. Sob a rubrica Pérolas aos Poucos…, nosso caro colega da seção Pernambuco, José Carlos Lapenda nos brinda com seu texto onde se interroga e pesquisa os traços de loucura do escritor Ariano Suassuna para, então, festejar a loucura da vida. Finalmente, sob a rubrica Lou(cure)-se, acompanhe a singular loucura do psicólogo Antonio Sena, cujos trabalhos de entrevista e edição são de Marcelo Veras.
Assim, convido-os a visitar nosso boletim, não sem estendê-lo a estar conosco em nossa jornada, a se realizar em novembro próximo, nos dias 17 e 18.
Até lá!